Brasileiros Calibram Mira De Arma


Marina e soldados do Exército Marina e soldados do Exército Marina e soldados do Exército
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O ValeParaibano, terça-feira, 28 de Setembro de 1999
http://www.valeparaibano.com.br/1999/09/28/geral/tima.html

Os 50 militares brasileiros ainda em processo de "aclimatação" na Austrália antes de embarcar para Timor Leste fizeram ontem exercícios de tiro ao alvo com suas pistolas e fuzis para regular as miras.É uma atividade de rotina, mas indicativa da preparação necessária para a tarefa de policiar com armas essa região conturbada. Mas, apesar de estar se preparando para participar de uma força de imposição da paz, na qual a calibração de armas pode se revelar um detalhe essencial, há mais saudade do que ansiedade no grupo de 50 voluntários da Polícia do Exército de Brasília (um soldado do grupo de 51 brasileiros enviados está em Timor).

Todos eles já ligaram pelo menos uma vez ou duas para seus familiares no Brasil, apesar do alto custo das ligações a partir da Austrália, no outro lado do planeta. A maioria pretende telefonar apenas mais uma vez, na véspera do embarque para Timor, que deve ocorrer no final da semana. Um fator que contribuiu para essa atitude é o fato de não ter havido até agora nenhuma baixa entre os membros da Interfet, a Força Internacional para Timor Leste, liderada pelos australianos.

Poucos entre os brasileiros têm experiência de viagens internacionais ou mesmo de ficar distantes da família. Só um deles, o cabo Israel Alves Paixão, participou da missão de paz que o Brasil enviou para Angola, quando a ONU tentou, sem sucesso, mediar um acordo entre guerrilha e governo. Israel esteve em Angola em 97. Indagado sobre o que tinha aprendido então que poderia auxiliá-lo na nova missão, sua primeira resposta foi: "conviver longe da família . Só depois destacou aspectos militares da missão, como aprender a desarmar um guerrilheiro armado ou conviver com tropas de outros países. "É uma experiência única", diz o comandante do pelotão, capitão Denilson Santos Leitão. Ele afirma que um dos aprendizados úteis é comparar a operação de forças estrangeiras com os procedimentos do Exército brasileiro. Assim como outras tropas que comporão a Interfet, o destacamento brasileiro está alojado em tendas na base da RAAF (Real Força Aérea Australiana) em Townsville. Nenhum soldado saiu para passear fora da base.

Como nem todos conseguem se comunicar com fluência em inglês, o grupo tem sido ajudado por uma brasileira que mora em Townsville, Marina Laffratta.

Os brasileiros deixarão a base pelo menos amanhã. O motivo: um jogo de futebol. Os mais novos hóspedes da base da RAAF são pára-quedistas italianos, que, assim que souberam que tinham brasileiros como vizinhos, demandaram um jogo de futebol.






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